Como se já não bastasse a violência que está cada vez mais presente lá fora, o perigo pode estar portas à dentro, onde você menos espera e ao lado do seu filho.
Plugar um cabo na parede, logar-se e interagir com um mundo que vão além de nossos limites é comum nos dias de hoje em que a integração da internet é constante e o número de usuários é notável.
Em uma rede sem leis e com muitas informações, o perigo habita, podendo atingir jovens e crianças que não estão preparadas para os artíficios da internet e seus invasores.
As redes sociais tornaram-se um atrativo para todos que querem se comunicar rapidamente e com diversas pessoas ao mesmo tempo, aliás esse é o atrativo principal que cativa os adolescentes, que por sua vez tendem a expor suas vidas como um livro aberto à desconhecidos com intenções mais desconhecidas ainda.
A internet vem suportando o número devastador de internautas, informações e ações vindas do mundo todo em um click, porém ainda não há leis e regras para utilizar-se esse meio essencial à sociedade moderna.
Ou seja, sem leis os crimes ficam mais frequentes e atingem os pequenos que estão cada vez mais envolvidos nesta dinâmica ferramenta.
Porém, ao contrário do que muitos pais pensam, a internet pode ser controlada e ser usada com consciência se haver monitoria por parte dos responsáveis.
Assim, o meio de comunicação mais comum entre os jovens pode não ser tão perigoso aos olhos dos pais.
Para orientar os pais, o Nós Mulheres buscou a ajuda da psicóloga Gabriela Monéa que te dará algumas dicas para você ficar de olho no seu filho e evitar futuras dores de cabeça. Confira:
Nós Mulheres – Como os pais podem estabelecer regras em relação aos sites que eles podem acessar?
Psicóloga Gabriela – Os sites que podem ser visitados devem ser os apropriados para a faixa etária dos filhos. Dê preferência à sites de edução, cultura, música e jogos infantis.
Nós Mulheres – Como os responsáveis podem ficar de olho nos filhos na internet?
Psicóloga Gabriela – O diálogo é fundamental na relação entre pais e filhos. Os pais devem explicar aos filhos o tipo de conteúdo que querem que tenha acesso, o tipo de conteúdo e pessoas que devem evitar.
Além disso, existem programas e recursos nos computadores que permitem o monitoramento dos acessos e, até, do histórico de conversas com outras pessoas.
O ideal é que o computador usado pela criança esteja em um local de passagem, de fácil visibilidade para os pais.
Quando a criança estiver acessando a internet, os pais ou algum responsável, devem estar presentes, participando e observando o que ocorre durante a navegação.
Nós Mulheres – Qual é a importância do monitoramento constante dos pais?
Psicóloga Gabriela – É muito importante que os pais monitorem os filhos. Nas redes sociais as crianças tem acesso a todo o tipo de conteúdo (vídeos, fotos, textos, comentários), inclusive os inapropriados para a idade delas.
Nesse momento, é importante que os pais vejam com o que seus filhos estão tendo contato e os orientem em relação ao que é certo e errado.
Nós Mulheres – Crianças que tem perfis nas redes sociais, é correto?
Psicóloga Gabriela – Depende do uso que é feito. A rede social deve ser fechada, sem conter informações pessoais da criança ou da família, com acesso às fotos, bate-papo e postagens restritas a familiares e amigos da mesma idade.
Nós Mulheres – Qual idade ideal para a inclusão da criança ao mundo da internet?
Psicóloga Gabriela – As crianças têm acesso à internet desde muito cedo, inclusive nas escolas. Nos tempos de hoje, isso se torna inevitável.
O que deve ser observado não é a idade da criança, mas sim o que é visto. Todo o conteúdo deve ser sempre adequado a cada faixa etária e o tempo deve ser controlado.
É importante que os pais estejam sempre acompanhando seu filho durante o uso da internet.
Nós Mulheres – Como notar se há algo errado acontecendo com nossos filhos na internet?
Psicóloga Gabriela – Quando a criança apresentar comportamento diferente (agressividade, mentiras, ansiedade, falta de sono ou apetite), quando não quiser mais que seus pais monitorem o que ela está acessando, quando mostrar-se desconfortável com a presença de alguém enquanto está na internet e quando não quiser fazer mais nenhum programa ou atividade fora do computador.
Além da observação do comportamento, os pais devem estar sempre de olho nas conversas que estão participando e conteúdos que estão acessando.
Nós Mulheres – Como impor regras e horários quanto ao uso?
Psicóloga Gabriela – A internet não deve se tornar um vício, deve ser apenas uma ferramenta de comunicação e estudos da criança.
O ideal é que a criança tenha horário para assistir televisão, brincar, estudar, dormir e usar a internet.
As regras devem ser baseadas no cotidiano da criança e não podem interferir nos estudos, no brincar, na alimentação e no descanso.
Devem ser colocadas de maneira clara e devem ser seguidas sempre.
Exceções podem existir, mas devem ser apenas em ocasiões especiais (férias, feriados, finais de semana).
Fonte: Psicóloga Gabriela Monéa – CRP: 06/56.084-7 – www.opsicologo.com.br
Por: Jornalismo Nós Mulheres.
[…] os integrantes das famílias. . Passaram-se os anos e a internet passou a ser a nova mania entre os filhos, que tornaram-se usuários ativos da ferramenta para comunicar-se, estudar e distrair-se. . Porém, […]